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Lagarto ataca banhista na praia

Updated: Dec 2, 2018

Homem passa quatro dias internado no hospital após ser mordido por bicho, que já virou atração na orla

O pé do banhista Francisco Chagas dias após o ataque, e ele mostrando o ferimento um mês depois que foi mordido. No detalhe, um lagarto teiú na orla da Barra

Luiz Neto - novembro de 2018


"Quem é o cara que foi mordido pelo lagarto?”. Essa pergunta se espalhou pelo Lourenço Jorge após uma médica colocar num grupo de WhatsApp do hospital a foto do pé inchado de Francisco Chagas da Silva (foto acima). Ele havia sido mordido na Praia da Barra, há cerca de um mês, na altura do posto 7, por um lagarto. Chico, como é conhecido, foi medicado no hospital no dia do ataque. Tomou vacina antitetânica e foi liberado com a receita de um antibiótico que deveria tomar por cinco dias. No terceiro dia, entretanto, mesmo com o uso do medicamento, o seu pé, segundo ele, “estava igual a uma bola de futebol”. Foi quando retornou ao Lourenço Jorge e a notícia se espalhou pelo lugar. Resultado: teve que ficar quatro dias internado.


“Estava conversando com um amigo na areia, quando o bicho voou na minha direção e cravou os dentes no meu pé”, lembra Chico. “Um bombeiro me atendeu no local. Limpou com gaze e, dali, eu fui direto para o hospital. Três dias depois achei que fosse perder a perna de tão inchada que ficou. Fiquei 11 dias sem poder trabalhar e, até hoje, um mês depois, ainda dói bastante”, comenta o banhista.


"Eles estão atacando as pessoas até próximo do quiosque, longe daquele mato onde eles costumam ficar", comentou Taumaturgo Ferreira, dono do quiosque que fica ao lado do bondinho da Banda da Barra, o Ponto Certo. "Tem muitos lagartos e não tem nada para eles comerem. Sem contar que as pessoas ficam dando comida. Parece que eles estão se acostumando com isso e indo para cima das pessoas", disse o quiosqueiro.


Cada vez mais frequente na orla da Barra, essa espécie de lagarto é conhecida como teiú e pode chegar a dois metros de comprimento.


“Dificilmente vão atacar humanos, porque, quando se sentem ameaçados, o instinto é fugir. Mas, se forem tocados ou encurralados, tentam se defender e mordem”, disse o veterinário Jeferson Pires, numa reportagem publicada no jornal O Globo, no dia 1º de novembro, sobre a aparição dos animais.


“Até cachorro eles atacam”, conta Chico, que trabalha próximo ao local e está sempre na praia antes do expediente. “Esta semana mesmo um deles correu atrás de um cão e a dona ficou apavorada. Eu não tenho medo, mesmo mordido, mas fica o alerta”.



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