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A febre dos mercados nos condomínios

Novo conceito de minimercados toma conta da região. É só descer do elevador para fazer compras

A síndica do Sunset, Fernanda Barcelos, mostra o mercado recém inaugurado dentro do seu condomínio. Conveniência máxima

“Fazia cinco anos que eu não pisava num supermercado”. A frase foi a primeira coisa que a senhora Autina Rodrigues, de 77 anos, falou quando entrou pela primeira vez no mercado localizado dentro no seu condomínio, o Sunset, na rua Jornalista Henrique Cordeiro.


Instalado recentemente no prédio e nova febre no bairro, a operação não custa nada para o condomínio, segundo a síndica do Sunset, Fernanda Barcelos.


“O condomínio não ganha nada financeiramente, mas também não tem nenhum prejuízo. A empresa que presta o serviço ainda repassa os seus gastos com a luz para o prédio”, explica Fernanda, lembrando que o mercado fica aberto 24h.


“Eu já gosto de ir num mercado. Agora vou quase todo dia no meu condomínio”, disse outra moradora do Sunset, a jornalista Alana Rauber. “Teve um dia que eu estava sem café. Desci 5h, comprei e 6h da manhã meu café estava prontinho”, diz Alana.


Em alguns condomínios, o mercado é instalado nas garagens, como é o caso do Barra One, também na rua Henrique Cordeiro. “E ainda fica do lado dos carrinhos de supermercado. Maior mão na roda, impossível”, comenta o síndico do Barra One, Paulo Viggiani.


No Barra One, o minimercado conta até com uma adega. “Ontem estava cheia e hoje está vazia. Os moradores estão bebendo muito vinho”, disse Viggiani, que sugere os produtos a serem colocados nas gôndolas de acordo com a demanda.


O mercado não tem funcionários. Cada condômino retira a sua mercadoria e paga com o cartão, ou através de um aplicativo, dependendo da empresa que pilota o comércio. A empresa que presta o serviço se responsabiliza em caso de algum prejuízo.


A área é toda monitorada, segundo Fernanda. “Ainda existe uma trava de segurança no freezer com bebidas alcoólicas que só abre através de um aplicativo que exige CPF e outros dados para evitar o acesso de menores de idade”, diz ela, lembrando que no mercado do Sunset o pagamento das mercadorias pode ser feito até com o cartão-refeição dos funcionarios. “Isso evita muitas vezes uma ida de um porteiro ao mercado e nos livra de um acidente de trabalho na rua. O funcionário pode passar mais tempo dentro do prédio. O serviço é incrível. Eu acho super válido tudo que não traz prejuízo para o condomínio e traz conforto para o morador”, finaliza a síndica.


Negócio cresce ainda mais na pandemia

Foi durante a dificuldade apresentada pela pandemia que os sócios Júlio Barroso (ex-gerente do bistrô Le Vin e idealizador e proprietário do restaurante Delfina) e Daniel Sant Anna (empresário com 17 anos de experiência no ramo de varejo e sócio da Proteína Digital, agência de marketing digital) criaram a Peggô – mais um minimercado indoor que funciona em condomínios da Barra, Jacarepaguá e adjacências.


Com cinco unidades em implantação, a empresa saiu do papel em fevereiro 2021 e já traça planos ambiciosos. A meta é chegar a 100 unidades ainda esse ano.


No caso da Peggô, além de a empresa ser a responsável pelo consumo de energia elétrica, o condomínio ainda fica com 3% das vendas.


Com um investimento inicial de R$ 500 mil para dar vida ao projeto, os sócios esperam faturar R$ 3 milhões somente este ano.


“Oferecemos também itens para serem compartilhados como kit de ferramentas, kit de mecânica básica, bomba para encher pneus de bicicleta, bola de frescobol, entre outros itens.”, conta Júlio Barroso.

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