Você já pode comprar "O Voto do futuro"
- afolhadobosque
- Jul 27, 2019
- 3 min read
Morador da Barra lança livro para mudar a forma de ver as eleições no Brasil

Capa da Folha do Bosque em maio deste ano, Mario Marques realiza pré-venda do livro "O voto do futuro". A obra chega ao mercado em 30 de setembro ao preço de R$ 50. Mas você pode adquiri-lo na pré-venda por apenas R$ 30! Basta clicar neste link https://bit.ly/2K6QmZE
O livro aborda os bastidores das campanhas eleitorais, aponta os rumos das eleições pós-Bolsonaro, conta histórias de vitórias e derrotas e mostra como acreditar ou não nas pesquisas.
Abaixo, a reportagem de capa com Mario Marques na Folha de maio
O guru da política
Como "o cara" do marketing político enxerga as eleições do futuro
Um dia Mario Marques tirou o charuto da boca de Eurico Miranda. A ideia era desconstruir a imagem truculenta que marcou a carreira do dirigente esportivo. Eurico topou. Marques cresceu e foi além: criou lives, sugeriu tranquilidade na hora de se expressar, criou frases feitas e construiu a imagem do Eurico paz e amor. Deu certo. O polêmico dirigente ganhou as eleições no Vasco e voltou a ser o mandatário da Colina. Especialista em campanhas municipais desde 2009, quando deixou para trás o jornalismo, o marqueteiro Mario Marques já tem no currículo 40 campanhas. Tem gente que trabalha a vida inteira e não consegue esse feito. Encarapitado num casarão na Barra da Tijuca, ele prepara o lançamento do livro “Voto do futuro”, no qual aponta as escolhas que devem ser feitas pelo político que almeja ser candidato. Nem quando está nas piscina ele deixa de escrever os dez capítulos chamados de urnas onde, em cada um, vai mostrar um caminho de marketing político. “Nos próximos 30 anos a eleição vai ser direita contra esquerda. Para quem não suporta a esquerda, isso é bom. O Freixo, por exemplo, entrará sempre para perder”, vaticina o guru da política
Aos 49 anos, Marques montou uma estrutura digital de monitoramento de imagem e redes sociais capaz de varrer toda a internet, montar gráficos sobre o que falam do candidato, monitorar a imagem dos adversários e saber o que precisa ser feito para vencer.

O segredo, revela, é o candidato falar o que o povo quer ouvir. Para isso, espe-cializou-se nas pesquisas qualitativas. “Eleição sem quali não existe. É retrato, sentimento, tendência, aproximação”, comenta. Com a sua equipe, se instala na cidade, aborda o povo na rua e convida para uma reunião. Num bate-papo informal com diversos grupos, identifica o que o povo pensa, quais os problemas do lugar e o que os participantes pensam dos candidatos.
“A partir daí, montamos o que o político vai falar. Que é exatamente o que o povo quer ouvir. Mesmo que ele pense o contrário daquilo”, explica.
Se vai ser feito ou não já não é um problema do marqueteiro, segundo Marques. “Não temos qualquer respon-sabilidade depois que o político é eleito. O Eurico, por exemplo, para a minha surpresa, voltou a ser truculento depois que venceu as eleições. Como eu poderia prever isso?”, questiona. “No dia da eleição ele já não era a mesma pessoa. E, depois que ganhou, nunca mais me atendeu”, recorda, com tristeza. “Mas eu continuei gostando dele”, releva.
Mas e o voto do futuro, afinal, como vai ser? “As eleições serão cada vez mais previsíveis. Poderemos medir exatamente o quadro e agir friamente. Os debates serão cada vez mais óbvios e não teremos nenhuma surpresa nos resultados”, avalia.
Com todos os candidatos falando o que o povo quer ouvir, quem vence? “Quem tiver mais carisma. Aquele cara que você quer encontrar na padaria. A honestidade também será um quesito importante”, aposta.
Marques não larga o celular um segundo sequer. É difícil fazer a entrevista com tantas mensagens que recebe. “Estou fechando uma quali”, diz, entre uma pausa e outra.
A poucos dias de terminar o manuscrito, levou um cruzado de direita e foi à lona. Um câncer devastador levou o seu pai, seu guru, o político Mario Marques.
“Era um homem íntegro que, quando teve a caneta, fez as coisas certas. Tudo que ele falava acontecia. Suas apostas políticas comigo só davam errado porque ele queria perder para me pagar”, recorda.
Com o pai na política desde 1970, Marques quase nasceu dentro de uma urna. “Quando comecei a trabalhar com marketing político, a sensação era de que eu já tinha trabalhado com isso a minha vida inteira”, conta.
Na piscina de sua casa, montou o escritório do futuro. Uma boia, um Mac e um iPhone. Dentro da água, traça planos e estratégias. Não para um segundo. Quando dá uma brecha, aproveitamos para perguntar: Quem será o próximo prefeito? “Qualquer um menos Crivella e Freixo”. E o próximo governador? “Está muito longe”. E o próximo presidente? “Se o Bolsonaro for candidato, será ele. Até lá, se ele conseguir desfazer 50% do que Lula e Dilma fizeram, já está valendo”.
A capa da Folha com Marques

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